Ask the Author: Cosme Aristides
Answered Questions (6)
Cosme Aristides
Das estratégias de marketing. Vi que estas ideias de manipulação do público consumidor é bem mais antiga que o capitalismo e com um poder oculto capaz de mudar os rumos da humanidade, histórica e socialmente. O storytelling e o branding de marca são o uso moderno dos mito ancestrais.
Cosme Aristides
Nunca experimentei algo que pudesse chamar de inspiração. O que me motiva a escrever é o interesse. Escrevo sobre o que está me interessando no momento. A minha melhor escrita é quando estou interessado pelo assunto (e não suponho que possa traduzir essa sensação por "inspirado"). Até posso escrever algo por obrigação, mas não é tão gratificante, nem muito criativo. Então, a minha busca não é por inspiração, mas por temas que me interessem; não só para escrever, mas também para estudar e saber mais sobre eles. E isso vale para tudo na vida. O interesse é que nos impulsiona a fazer qualquer coisa com originalidade. A obrigação pode ser escravizante, se não for usada com parcimônia. Em tese, não há mal em ser interesseiro, só devemos ficar atentos ao tipo de interesse que nos move.
Cosme Aristides
EM UM PASSADO DISTÓPICO NEM TÃO DISTANTE...
Toda a população de um país vivia regida pelos sorteios de uma loteria. Adotada informalmente como uma instituição nacional, ela talvez fosse uma extensão secreta do próprio Estado. Jordano Bruno, estagiando como jornalista, escreve a biografia de um dos ganhadores. Isso o joga involuntariamente numa trama perigosa sobre a real natureza da loteria. Sem conhecimentos para entender em que se envolveu, ele pede ajuda a um jornalista veterano com hobbies estranhos.
“Sou de um país vertiginoso onde a loteria é parte principal da realidade: até o dia de hoje, pensei tão pouco nela como na conduta dos deuses indecifráveis ou de meu coração.”
A Loteria da Babilônia - Jorge Luis Borges.
Toda a população de um país vivia regida pelos sorteios de uma loteria. Adotada informalmente como uma instituição nacional, ela talvez fosse uma extensão secreta do próprio Estado. Jordano Bruno, estagiando como jornalista, escreve a biografia de um dos ganhadores. Isso o joga involuntariamente numa trama perigosa sobre a real natureza da loteria. Sem conhecimentos para entender em que se envolveu, ele pede ajuda a um jornalista veterano com hobbies estranhos.
“Sou de um país vertiginoso onde a loteria é parte principal da realidade: até o dia de hoje, pensei tão pouco nela como na conduta dos deuses indecifráveis ou de meu coração.”
A Loteria da Babilônia - Jorge Luis Borges.
Cosme Aristides
A habilidade da escrita não é mágica, inspiração ou dom divino. É o resultado de muito treino e máximo esforço, o que colateralmente produz algumas doses de dopamina. O prazer também faz parte. O empenho não precisa ser sério e é bom que não seja mesmo. Não encare escrever como uma obrigação. Talvez só no início, se depois começar a dar barato e ter umas viagens completamente careta, significa que tá indo bem. Ajuda ter boas noites de sono, dormir bem faz as palavras dançarem e escorregarem pelos seus dedos. Contudo, não basta se propor a contar qualquer estória de sua imaginação. O escritor, antes de tudo, precisa ser um acumulador de conteúdo de boa qualidade. É imprescindível que tenha algo a escrever além das suas evidências anedótica. Grande parte do seu esforço deve se concentrar na pesquisa e no estudo. Numa metáfora orgânica; uma pele bonita depende de uma alimentação rica e saudável.
Cosme Aristides
Ter o poder de expressar pensamentos e transmiti-los para outras mentes de forma instigante e divertida.
Cosme Aristides
Dormindo e consumindo mais conteúdo que me interessa.
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