Este é um livro intenso e surpreendente que questiona os valores do mundo em que vivemos. Partindo do universo repressivo de um Colégio de Lisboa, o livro segue a vida de alunos e professores, onde o passado e as experiências da adolescência estão sempre presentes, como tatuagens que nunca precisam de ser retocadas. Este é um mundo em que a violência gratuita, o medo, a tentação do abismo e a amizade se manifestam de formas inesperadas. Deuses e homens procuram uma ordem, mas boicotam-se a eles próprios. Existências marcadas por encontros fortuitos entre pessoas tão estranhas que poderiam ser qualquer um de nós.
Tiago R. Santos (n. 1976) é argumentista, realizador e autor. Estreou-se no cinema com Call Girl (2007), filme vencedor de três Globos de Ouro, e desde então escreveu mais de dez longas-metragens e inúmeras séries para televisão. Entre os seus argumentos destacam-se Os Gatos Não Têm Vertigens — que lhe valeu o Prémio Sophia e o Prémio Autores da SPA —, Amor Impossível, Parque Mayer, Nunca Nada Aconteceu e a série Até Que a Vida Nos Separe, primeira produção portuguesa não-original licenciada pela Netflix. É um dos co-autores das novas temporadas de Rabo de Peixe e membro da Academia Portuguesa de Cinema e da European Film Academy. Estreou-se na realização com Revolta (2022), distinguido com o Prémio Autores para Melhor Argumento de Cinema. Acabou de filmar Última Noite, a sua nova longa-metragem. Publicou o seu primeiro romance, A Velocidade dos Objectos Metálicos, em 2013. Quarto Número 2, Hotel Portugal é o seu segundo — uma meditação sobre a memória, a linguagem e o peso da herança familiar. Foi também crítico de cinema e formador em várias instituições. Vive em Lisboa, cidade à qual ainda resiste.
Inesperadamente, este livro chegou às minhas mãos numa visita à biblioteca. Gostei de várias histórias e achei piada ao ambiente escolar. A minha vida neste colégio foi bem mais tranquila e ingénua do que a do autor 😇😎
Se o filme «Magnólia» pudesse ser transposto por um livro, talvez este «A Velocidade dos Objectos Metálicos» pudesse ser um digno exemplo da eficácia da fórmula de Paul Thomas Anderson. Várias personagens que se cruzam, das mais diferentes maneiras, devido a um acidente que cria laços mais ou menos acidentais entre todas as elas. Uma óptima surpresa!