Diga-lhe o que gostas de comer, que tipo de relacionamento tem com maîtres, garçons e chefs ou como se porta num buffet que ele dirá se tu és ou não um bom-gourmet! Ninguém melhor que Luiz Fernando Veríssimo para desvelar a alma de um comensal e suas agruras com o dia-a-dia. Em A MESA VOADORA, ele nos oferece um cardápio variado e irresistível: histórias sobre iguarias de dar água na boca e todos os preceitos para saboreá-las com propriedade. Sim, Verissimo é especialista no assunto. Delicia-se com minestrones, carnes malpassadas, tortas sofisticadas e com aqueles momentos de extremo prazer, quando, por exemplo, a gema de um ovo frito desprende-se da clara e, viscosa, quente, se desmancha sobre os grãos de arroz. A mesa voadora traz uma seleção de 47 crônicas recheadas com dicas bem-humoradas de quem transita com a mesma desenvoltura por sofisticados bistrôs de Paris ou pastelarias de beira de estrada. Com o domínio que tem sobre a "gastronomia" e suas variantes, o autor surpreende ao revelar que a única parte de qualquer receita de comida que o interessa é a última, aquela que começa depois do "leve à mesa". "Só entro em cozinha para abrir a geladeira", confessa o gourmet. Mas para a nossa sorte, depois de comer tanto e tão bem, Verissimo ainda escreve, deliciosamente, sobre suas memórias gustativas. Em Às Sopas, por exemplo, ele faz uma verdadeira declaração de amor à iguaria e aponta as várias razões para reverenciarmos os minestrones, consomês e caldos: "(...) A sopa nos dá, como nenhum outro tipo de comida, a oportunidade de demonstrar nosso prazer à mesa. Os chineses, inclusive, consideram falta de educação tomar uma sopa em silêncio. Deve-se sorvê-la, ruidosamente, indicando para quem quiser ouvir, mesmo da rua, que ela está ótima e que a vida, tirando algumas passagens de extremo mau gosto, vale a pena ser saboreada (...)", observa o autor. Já em O buffet, o humorista traça seu plano estratégico para desfrutar com propriedade o serviço de uma festa. E seguindo as preciosas dicas, o leitor vai estar saboreando o prato quente enquanto outros convidados, menos empreendedores , ainda nem chegaram perto dos tomates. Mas, alerta Verissimo: "Não se desmobilize, no entanto. Lembre-se de que ainda falta a batalha dos doces...". Sentar à mesa em companhia desse mestre do humor é garantia de boa diversão! Bom -apetite!
Nascido em Porto Alegre e filho do também escritor Érico Verissimo, Luis Fernando Verissimo (Luís Veríssimo, na ortografia legal) é famoso por suas crônicas cheias de ironia humorística. Além de escritor, ele também é jornalista, publicitário, cartunista e tradutor. Entre suas paixões, estão a família, o time de paixão, Internacional de Porto Alegre, e o jazz sendo praticamente inseparável de seu saxofone. Seus amigos o definem como "uma pessoa que fala escrevendo". Em público, ele é tímido e de forma alguma aparenta ser o autor de seus irreverentes textos. É considerado o escritor que mais vende livros no Brasil.
Já li diversos livros ótimos do autor — acho ele absolutamente GENIAL! —, mas este aqui ficou bem abaixo do nível dos outros. Algumas crônicas são bem engraçadas, mas muitas outras eu achei sem graça ou meio forcadas.
Até entendo que escrevendo semanalmente para jornais e revistas ele possa ter produzido colunas não tão legais _sempre_, mas a ideia de juntar as melhores em um livro seria exatamente podar esses galhos não tão verdes e ficar só com o frescor dos textos.
Talvez tenham faltado textos ótimos com o mesmo tema de comida para compor uma obra. Ou talvez eu mesma tenha envelhecido e parado de achar o conteúdo tão legal como eu achava antes... Terei que tirar a dúvida em releituras de obras dele que eu já li e achei muito boas.
Quando minha avó morreu, herdei dela alguns livros dessa série Verissimo. Sempre amei todos igualmente e não esperava que fosse surgir um filho preferido com as crônicas sobre comida. Que delícia é a escrita e o humor desse homem. A meta é me tornar um tipo de Luis Fernando Verissimo depois de mais velho — ou pelo menos dividir um borgonha com um.
Queria mesmo é que esse Verissimo na minha vida fosse vó Marisi, que era ácida e viciada em comer BEM, parte que também acabei herdando. Senti ela do meu ladinho enquanto tentava não rir alto lendo isso durante o trabalho.
As melhores: O buffet, Memórias paladares, Lugarzinho e Cumprimentos ao chef(!!!!!!).
No momento eu só queria ser viajada e “gourmet” como o Veríssimo. São crônicas maravilhosas que deixam a boca salivando. Algumas são melhores e com assuntos certeiros (a da salsinha, a do buffet etc). Queria ver ele falando mais sobre a culinária brasileira. Veríssimo é fã da cozinha francesa e já deve ter visitado a França mais de 10x 🤣 Livro leve e que em algum momento, alguma crônica irá conversar com o seu íntimo e provocar reconhecimento. Acho o Veríssimo simpático em sua escrita.
De leitura aprazível, sempre bem escrito, às vezes (muito) engraçado, o livro se divide em crônicas fictícias e críticas gastronômicas. Levando-se em conta que é um dos maiores escritores vivos, e filho de quem é, não chega a decepcionar, mas está longe do seu melhor, o que só prova o que todos já desconfiam: não é um autor sério! No entanto, é um livro de literatura confeitada, e consegue pairar acima da maioria dos outros escritos dos meros mortais. Mas poderia ser mais...
Livro leve, descontraído e bem humorado como os outros livros de contos de Luis Fernando Veríssimo. O tema da vez é gastronomia, onde ele nos alimenta desde tópicos corriqueiros como bebedeira e buffets até experiências vividas pelo autor na alta gastronomia de países como França, Inglaterra e Itália.
É divertido, mas achei a temática um pouco maçante, talvez por eu não entender muito sobre culinária. Dei risada em alguns momentos, e em outros fiquei meio entediada. A leitura é rápida e, por ser dividido em histórias que não passam de 3 páginas, acaba não cansando tanto mesmo nas histórias mais chatas.
Livro muito engraçado, mas pra quem nao conhece nada de francês ou nunca viajou pra fora, nao vai entender algumas coisas. Fiquei boiando e acabei nao achando alguns contos tão engraçados assim. Mas sou fã do autor!
3.5 Simplismente amo Luis Fernando Verissimo! Foi um dos que eu menos gostei? Foi. Mas ainda assim é uma leitura gostosa, ótima pra relaxar e dar umas risadas.
Gostei bastante, mas eu já tinha lido muitos dos contos em outros livros dele. De qualquer forma, é bem interessante a união de contos relacionados com comida.
Algumas histórias boas nesta coletânea, vale a pena ler. Fica um pouco cansativo a repetição no assunto, porém o ângulo de visão crítico do Veríssimo faz valer cada página.
A mesa voadora contém uma diversidade de crônicas magníficas. Certamente um dos melhores trabalhos do autor. O tema recorrente, a gastronomia, é sempre evidenciado com o perspicaz humor do cronista.