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A invenção de um conto de fadas
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A invenção de um conto de fadas
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«Inocência. As duas línguas que se molham na mesma boca são uma proibida descoberta somente permitida pelo espírito libertino do acaso. As crianças apenas são ensinadas a dar a mão. O corpo precisa de crescer para se descobrir em todo o prazer. É preciso viver para ir mais além na companhia de alguém. É começar por um beijo, descobrir o desejo e acabar na cama, no banco de trás de um carro, num sofá ou até mesmo no chão. O desejo leva-nos para onde quer que vá. Depois de provar um corpo descobrimos o sabor do tesão. A palavra soa a coisa porca. E é. Mas sabe bem. Soa a concessão pervertida. E é. Mas sabe mesmo muito bem. Soa a delírio febril de paixão. Oh, e é! E é! E sabe mesmo, mesmo muito, mas muito bem! É uma regra de etiqueta ressequida à qual toda a vontade mais indomável tem de ser convertida. É a subversão da negação. É o mentiroso: não, senhores, não, não sinto uma vontade sexual cadela nem o desejo de me levar por ela! Não, senhores, não! Sinto, sim! Sinto-a revolvendo-se-me na barriga, sem descanso nem fadiga, como feto animal que cresce dentro de mim! E esses olhares que me olham. Mulheres de inveja e homens de desejo. As mulheres não são apenas inveja, nem os homens são apenas desejo. Oh, as mulheres, antes não fossem só, só inveja. E os homens, esses, quem dera que fossem mesmo, mesmo só desejo. Seria amor ao preço de um beijo. Mas as mulheres, essas, são umas putas frias e calculistas. Assim, três coisas más de uma assentada. Das três, ser puta é a coisa menos má. Nisso, ainda se pode fingir que se quer alguma coisa com paixão. Quanto mais não seja, a paixão por um sonho, a fantasia de encontrar o seu homem às direitas que a tire daquela vida. Alguém que compreenda que foi apenas uma profissão de necessidade e não uma vocação escolhida. Um querer impossível, mas um querer. Não há água que lave um corpo que foi de todos por dinheiro. Fica sempre a escória da memória.
Frias e calculistas. Quase parece uma redundância, mas não é. As duas palavras são demónios bem diferentes. Ambos trabalham para o mesmo fim, mas através de diferentes meios. A frieza é a negação de todos os estímulos, em si. O calculismo é a estimulação de todas as sensações, nos outros. Uma mulher que saiba golpear com essas duas lâminas não é uma amazona invencível, é a própria Morte. Uma verdadeira cabra, por assim dizer. Não é fácil ser uma pessoa assim, muito menos mulher. Fica-se azeda e recalcada. À noite, deita-se sozinha e adormece fechada.»

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(sim, eu sei que escrevi “laique” e “feicebuque”) :)
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(críticas são bem-vindas) :)