Reviewers/revisores de textos discussion
Revisão de Textos
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Que critérios adoptar quando se revê um texto?
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Obrigada por me adicionares neste grupo.
Estas iniciativas são sempre muito boas para quem escreve.
Tenho feito algumas revisões de textos a pessoas que mo pedem e tenho um bocado a tendência de ser algo mesquinha. Não sei até que ponto poderá ser bom.
Quando se olha para um texto no sentido de o corrigir ou criticar, não é com os mesmos olhos que o lemos, não é, certamente, com olhos de leitores que o lemos. Até onde ir? Será que a pessoa vai ficar magoada?
De qualquer maneira, se nos pedem uma revisão, as pessoas devem estar preparadas para receber críticas. A maneira como criticamos deverá ser sempre construtiva.
A imparcialidade existe, requer é muito treino. Mas podemos tentar sempre ressalvar o facto de que parte do que estamos a criticar advém do nosso gosto.

A criação do grupo esteve a cabo da Maria. Eu venho ajudar a dinamizar!"
Bom, é uma excelente ideia!! :)
Adoa wrote: "Olá Su!
Obrigada por me adicionares neste grupo.
Estas iniciativas são sempre muito boas para quem escreve.
Tenho feito algumas revisões de textos a pessoas que mo pedem e tenho um bocado a tendên..."
Concordo contigo Adoa, é muito difícil ter imparcialidade, e às vezes simplesmente não conseguimos ter.
Penso que, quando revemos textos temos de ter em conta as ideias ou sentimentos que são transmitidos através deles e aí entender o que nos quis transmitir. Corrigir claro, quando as frases não fazem sentido, mas nunca retirar o sentido do texto/conto.
Espero que partilhes alguns textos aqui, Adoa, e que te divirtas!
Obrigada por me adicionares neste grupo.
Estas iniciativas são sempre muito boas para quem escreve.
Tenho feito algumas revisões de textos a pessoas que mo pedem e tenho um bocado a tendên..."
Concordo contigo Adoa, é muito difícil ter imparcialidade, e às vezes simplesmente não conseguimos ter.
Penso que, quando revemos textos temos de ter em conta as ideias ou sentimentos que são transmitidos através deles e aí entender o que nos quis transmitir. Corrigir claro, quando as frases não fazem sentido, mas nunca retirar o sentido do texto/conto.
Espero que partilhes alguns textos aqui, Adoa, e que te divirtas!
Falando por mim, costumo observar a pontuação, o vocabulário e costumo aplicar anáforas, catáforas e elipses para tornar o texto mais "leve".

Ainda há poucos dias tive uma conversa escrita com pessoal do Facebook sobre crítica. Foi muito interessante.
Há vários textos e livros no Scribd sobre o tema escritos pelo Bloom Harold. (Que ainda não tive o prazer de ler... Ups!) Mas que recomendo.
Há uma coisa que gosto muito de observar quando corrijo algo - se tudo bate certo. Se a estrutura está correcta. Se há coerência em tudo.
A coerência é algo fundamental - concordo - mas também a coesão. Não podemos encher o texto com palavras repetidas ou então cansamo-nos de o ler.

Bom, tento ser imparcial na medida do possível. Há um ou outro género literário que não gosto mesmo e daí que prefira não rever esses textos. O meu gosto literário é bastante ecléctico, mas claro que tenho preferências.
Depois tento abranger vários aspectos: as diferenças de ritmo na história, a tal coerência e coesão que vocês já referiram, a ortografia, a gramática, o vocabulário usado.
Quando me pedem uma revisão mais profunda, confesso que sou muito mais minuciosa, mas procuro sempre ser útil com a minha crítica, e além de apontar o que precisa de melhorar, também costumo apresentar sugestões.

Agora ao corrigir o meu livro 1 tenho-o impresso em papel. Primeiro faço uma leve leitura com uma caneta vermelha, depois vou pro pc e faço uma primeira correcção. Depois leio em voz alta para ver se me soa bem.
É dificil corrigir porque quando somos nós a escrever é dificil achar erros porque estamos muito envolvidos com a história.
Claudia wrote: "Rever os textos é muito complicado e é tarefa que menos gosto de fazer.
Agora ao corrigir o meu livro 1 tenho-o impresso em papel. Primeiro faço uma leve leitura com uma caneta vermelha, depois v..."
E quando tens que rever textos de outras pessoas? O que fazes?
Agora ao corrigir o meu livro 1 tenho-o impresso em papel. Primeiro faço uma leve leitura com uma caneta vermelha, depois v..."
E quando tens que rever textos de outras pessoas? O que fazes?


HISTÓRIA:
Tem momentos clichés?
Está bem organizada?
Tem um ritmo lento/ rápido?
Apresenta algum tipo de inovação para o mercado?
PERSONAGENS:
São estereotipadas?
Existe tempo para amadurecer a relação entre as personagens?
Estão bem desenvolvidas?
Tem personalidade própria?
TEMAS:
Existe algum tema abordado? (homossexualidade, fome, guerra, religião, criticas à sociedade?)
SIMBOLISMO:
Existe algum simbolismo específico? (morte, vida etc)
ESCRITA:
Apresenta erros ortográficos?
Tem influência anglo-saxónica na construção das frases?
Reflecte uma personalidade própria do autor?
Faixa etária é restrita?
E depois vou colocando cruzes e comentários extra
Adeselna wrote: "Eu costumo ter uma grelha:
HISTÓRIA:
Tem momentos clichés?
Está bem organizada?
Tem um ritmo lento/ rápido?
Apresenta algum tipo de inovação para o mercado?
PERSONAGENS:
São estereotipa..."
Acho que é a primeira vez que veja um grelha :). Está bem feira ehehe
HISTÓRIA:
Tem momentos clichés?
Está bem organizada?
Tem um ritmo lento/ rápido?
Apresenta algum tipo de inovação para o mercado?
PERSONAGENS:
São estereotipa..."
Acho que é a primeira vez que veja um grelha :). Está bem feira ehehe

HISTÓRIA:
Tem momentos clichés?
Está bem organizada?
Tem um ritmo lento/ rápido?
Apresenta algum tipo de inovação para o mercado?
PERSONAGENS:
São estereotipa..."
Que organizada!
E as excepções?
Funciona também para essas?


Desculpem intrometer-me, mas não concordo muito com o conceito de grelha numa revisão. Embora possa parecer uma boa forma de nos mantermos organizados, é muito redutor, é um espartilho com o qual talvez se mate uma boa história.
Para além do mais, sem uma boa personagem estereotipada, como se pode aprofundá-la ao longo do enredo?
Um estereótipo é uma óptima forma de se introduzir uma personagem, que depois se vai trabalhando...
As excepções, como bem recorda a Adoa, são o que por vezes eleva uma história banal a um história genial. Olha só o Harry Potter, queres personagens mais estereotipadas? O Harry começa por ser um rapaz normal, até quase medíocre, infeliz, órfão, criado por tios que o preterem em favor do primo e acaba por ser o herói.
Onde é que a história começa a ser genial? O estereotipo revela-se mais do que estereótipo e mais do que heroi - ele é humano. A J. K. soube torná-lo um de nós, apesar de completamente diferente!
Por isso é que eu acho que as tabelas destroem, quando quem revê não vê para além delas...
O revisor é acima de tudo um poeta, tem de ver a alma da história e depois, ao invés de destruir, tem de construir todos os outros universos possíveis que o autor pode escolher abarcar ou não...
Mas isto é apenas a minha opinião...


Só por curiosidade, o que entendes tu por influência anglo-saxónica na construção das frases? Eu li isso como meter expressões claramente traduzidas do Inglês no meio do texto, mas gostaria de saber a tua definição.






Só uso personagens estereotipados e uso clichés qb. Tudo tem o seu propósito numa história, depende da história e do que se quer transmitir. E pode ser de extrema importância esse uso.
O que me veio logo à cabeça quando li a lista aí, em cima foi quando o professor do "Clube dos Poetas Mortos" pede aos alunos após começarem a ler o livro de poesia do ano lectivo...
Os poemas, os livros, os filmes são vida, não podem simplesmente ser medidos com fitas métricas.

No meu livro 2 coloquei algumas frases em inglês pq ela estava a ouvir uma musica em inglês que a estava a irritar.eheheh

Eu gosto muito de falar sobre filmes porque é mais fácil de perceber a estrutura de uma obra.
ao ler um livro é mais fácil estarmos atentos a todos os pormenores. Mas nunca poderá ser uma grelha a dizer-nos o que está bem ou não. Pode acontecer um livro estar como uma grelha "dita" e não prestar. O que faz uma obra são mesmo as pessoas.
Adoa wrote: "Quando se nota alguma coisa, quando algo sobressai, é porque o livro ou filme não está bem. Logo por aí se pode perceber. Quando vejo um filme e reparo na música, em qualquer personagem e não na un..."
Concordo com a Adoa, às vezes quando notamos em algo muito específico é porque isso está mal, temos que ver o filme ou ler o livro num todo, quando está "perfeito".
Mas penso também que cada um tem a sua maneira de rever um texto :)
Concordo com a Adoa, às vezes quando notamos em algo muito específico é porque isso está mal, temos que ver o filme ou ler o livro num todo, quando está "perfeito".
Mas penso também que cada um tem a sua maneira de rever um texto :)

Er, o quê? Que eu saiba, uma grelha (se formos pela da Adeselna, que parece estar na origem desta discussão) dá-nos duas possibilidades, "Sim" e "Não". De onde veio isso de não estar a ser dada à história a hipótese de estar bem? Posso nunca ter sido forte a estatística, mas isso dá-nos 50/50 para cada item. Não estamos a condenar algo à partida ao tentar ver se ela contém X ou não.
Agora eu, pessoalmente, não me dou bem com grelhas quando se trata de revisão. Acho-as úteis antes de começar a escrever, porque sou daquelas picuinhas que esquematiza a história ao milímetro de antecedência. (E depois acaba por fazer mil e um ajustes pelo meio, mas isso não tem relevância aqui.) O meu rever consiste em pegar numa ponta do texto, lê-lo todo sem emendar nada, corrigir as falhas das partes que se encontram minimamente decentes e reescrever a outra metade. O que depois repito o número de vezes suficiente para ficar satisfeita com o resultado. O que é nunca.

O gosto pessoal é muito difícil não enfiar o seu bedelho, mas tendo consciência disso tento controlá-lo de forma a uma revisão justa. E sempre educada.

Er, o quê? Que eu saiba, u..."
Vou explicar!
Há poucos anos tive uma médica que teve a sobriedade de me dizer que indo uma pessoa a vários especialistas, cada qual seria capaz de descobrir uma coisa qualquer em nós.
É assim que funcionam as listas, queremos descobrir o que um livro pode ter dela que vamos descobrir de certeza. A parcialidade fica de lado sem nos apercebermos.

Apesar de cada história ser diferente (ou de os autores gostarem de pensar que sim), no geral, todas as histórias, independentemente do género, possuem uma estrutura básica comum identificável e sem a qual dificilmente serão consideradas boas histórias (esqueçamos a possibilidade de o conceito de "boa história" ser relativo). Assim, cada revisão necessita de se ajustar à respectiva história. Neste sentido, não importa (a meu ver) se o/a revisor/a usa grelhas ou não. Quem usa grelhas, e o faz adequadamente, tem perfeita noção da maleabilidade dos pontos a considerar e sabe que alguns nem sequer serão aplicados a certas histórias (que, por alguma razão, ganham estatuto de excepção àquilo que é entendido por norma). Quem não usa grelhas directamente, ainda que pense não o fazer, de certo modo, tem uma grelha mental na cabeça, caso contrário teria sérias dificuldades em identificar os aspectos a considerar na revisão. Estas grelhas mentais (chamemos-lhes isso) são, talvez, mais instintivas e flexíveis mas não deixam de estar lá a fazer o seu trabalho. Qual o método melhor? A resposta é a óbvia: aquele que se adequar melhor ao/à revisor/a. :D
No fim, para o/a autor/a do texto, o que interessa mesmo é a qualidade e eficácia da revisão. Interessa o resultado e não o método.
-O que costumam avaliar? E como?
(ex. pontuação, ritmo, vocabulário)
- São imparciais? Ou deixam que os vossos gostos pessoais influenciem a vossa crítica?