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Write or Die
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Seiscentas e algumas palavras em 20 minutos. E por acaso agora fiquei a magicar na continuação!
"Tinha começado a sua pesquisa devido a um trabalho escolar. Parecia-lhe extremamente aborrecido... uma árvore genealógica? Que utilidade teria uma árvore genealógica para a disciplina de Sociologia? O que interessaria ao Professor Vítor saber quais os seus antepassados? Aliás, nem ela conhecia bem a sua família anterior aos seus avós... Bem, mas isso também não interessava agora. O que ela sabia, é que tinha que fazer uma árvore genealógica até quatro gerações anteriores à sua. Bem não era assim tão mau, só tinha que chegar aos trisavós...
Começou a fazer uma pesquisa na internet. Encontrou um site que lhe pareceu útil e deitou mãos a trabalho. Duas horas volvidas, já tinha conseguido completar a geração dos bisavós. Bem, afinal aquilo não estava a ser assim tão difícil. De repente, reparou num pormenor, um dos nomes - Miguel Justino Salvador - estava sublinhado a vermelho. "Que estranho" - pensou. O que significaria aquilo? Mais nenhum dos nomes estava sublinhado!
Guardou o trabalho até aí desenvolvido no computador e no seu Moleskine apontou aquele nome. Miguel Justino Salvador. Segundo a árvore genealógica, era irmão do seu bisavô José.
Encerrou o computador, ainda a pensar no assunto, e decidiu que era melhor ir falar com a mãe. Talvez ela soubesse dizer-lhe algo, ou informar-lhe quem poderia saber alguma coisa sobre Miguel.
Pegou na mochila, depois de guardar lá dentro o Moleskine, apagou a luz do quarto e saiu.
Quando chegou à sala de estar, estava a mãe no sofá, enrolada na sua manta de eleição, a ver o Dirty Dancing pela centésima vez e, para variar, a chorar baba e ranho!
- Mãe, estou a fazer um trabalho para a escola sobre a nossa família, e precisava de saber mais sobre Miguel, o irmão do bisavô José. - disse Sara, na esperança de que a mãe estivesse disposta a ajudá-la.
- Oh filha, o melhor é ires à Conservatória do Registo Civil e perguntares por lá se te podem ajudar. Agora estou ocupada! - disse, fungando para um lenço.
- Ok, mãe. Obrigada na mesma.
Sara revirou os olhos e virou costas. Da mãe, não ia conseguir nada, pelo menos por agora.
Pegou nas chaves que estavam no móvel da entrada e saiu.
Começou a caminhar em direcção ao centro da vila, na esperança de que na Conservatória pudessem ajudá-la.
++
Quinze minutos mais tarde, entrou no edifício do século XVIII e dirigiu-se ao balcão.
- Boa tarde. - disse Sara
- Sim menina, posso ajudá-la? - perguntou a funcionária sem levantar os olhos dos papéis onde escrevia e sem denotar a menor vontade de realmente querer ajudar.
- Eu gostaria de saber algumas informações acerca de um familiar meu.
- Dê-me dois segundos.
Sara esperou pacientemente, e cinco minutos depois, farta de esperar, interrompeu a funcionária.
- Desculpe, mas será que já pode ajudar-me?
A funcionária levantou os olhos enfadada pela insistência de Sara e perguntou:
- O que é que queria mesmo?
- Informações acerca de um familiar. Chamava-se Miguel Justino Salvador e era irmão do meu bisavô. - respondeu
- Só um momento. - A funcionária virou-se para o computador e digitou rapidamente o nome. Momentos depois, voltou-se para Sara e disse-lhe - Tem a certeza que é esse o nome? Não consta nenhum registo na base de dados com esse nome.
- Sim, tenho a certeza. Talvez o meu familiar não tenha nascido aqui na vila. - comentou desalentada.
- Não creio que seja esse o caso. A nossa base de dados é a nível nacional, e dela constam todos os cidadãos do país, até há cinco gerações atrás - explicou a funcionária.
- Bom, obrigada na mesma - disse Sara franzindo o cenho. Era realmente muito estranho.
Saiu do edifício da Conservatória, absorvida pela curiosidade e pensando num qualquer plano estratégico para descobrir quem era afinal Miguel."
Opiniões, please?

Espero bem que sim! Gostei muito, começaste de forma interessante e terminaste também de forma que nos deixa pelo "beicinho". Agora espero que o termines :b.
Adorei a parte em que ela revirou os olhos xD. E quando a empregada levanta os olhos.
Really cool :b
Adorei a parte em que ela revirou os olhos xD. E quando a empregada levanta os olhos.
Really cool :b

Adorei a parte em que ela revirou os ol..."
É caso para dizer, não percas os próximos capítulos! =P

Fora isso, tens aqui uma personagem que pode dar pano para mangas. A rapariga aponta tudo o que o rapaz diz? Bem, podes enveredar por duas vias - ou vai tornar-se uma ciumenta possessiva, ou uma perseguidora obcecada! Quer dizer, pode tornar-se outra coisa até, mas a mim, agradar-me-ia um destes cenários.
Mas gosto mais da tua escrita aqui. Mais cadenciada que no outro texto. Mais fluente. Bem bom para 15 minutos de improviso.
Su wrote: "Bem, não concordo quando dizes "brincar com os recantos da minha mente", porque na verdade a personagem parece-me bastante envolvida e está claramente apaixonada, não creio que estes pensamentos se..."
Obrigada :)
Obrigada :)

Sim provoca stress, mas compensa muito porque não os deixa esperar para escrever as palavras seguintes.
Costumo fazer estes exercícios sem saber no que pegar mas... já usei a APP para improvisar sobre os meus personagens...
Tive muitas surpresas!
Experimentem fazer isso...
Quanto aos textos, mais especificamente:
Maria, a tua história não me cativou, até porque raramente leio histórias de amor. Digo sempre: Prefiro viver histórias de Amor do que lê-las. É defeito meu! Mas está bem escrito. Os personagens são imaturos e a obsessão clara do teu personagem feminino é um bocadinho irritante. É uma história algo cliché... Não leves a mal, mas há muitas histórias assim.
Su, a tua história suscitou-me mais interesse, sem dúvida. Tens aí pano para mangas. Se tornares a escrita mais envolvente no sentido de criar mais mistério - também depende do caminho que a história segue - ás vezes, não dizer tudo ajuda. Incluir elementos que vamos usar mais tarde - indícios - pode tornar uma história num grande livro.
Como está agora, pode dar tipo de história. Mas foi provavelmente escrito sem saber o destino do personagem.
Nota-se que vocês estão habituadas a escrever e não é a APP que vos vai assustar! ;)
Gostei!

"Enquanto caminhava, pensava que talvez fosse boa ideia procurar na internet. Afinal, a internet tinha informação sobre tudo e mais alguma coisa, não perdia nada em tentar. Estugou o passo na ânsia de chegar a casa quanto antes.
Entrou em casa de rompante e quase atropelou a mãe quando se cruzou com ela no corredor.
- Então Sara? Quase me levas de arrasto. Isso é jeito de entrar em casa? Que te aconteceu? – perguntou a mãe intrigada.
- Agora não mãe! – respondeu Sara enquanto corria escadas acima.
- Esta agora! A adolecência não é fácil de entender, mas esta minha filha untrapassa todas as marcas! – replicou a mãe de Sara abanando a cabeça.
Assim que chegou ao quarto, Sara atirou com a mochila para cima da cama e correu em direcção ao computador. Carregou no botão para iniciar e sentou-se encarando o ecrã."
Mas agora que reli, não faz sentido nenhum. Ela devia ter-se lembrado de pesquisar o nome no Google antes mesmo de ir à Conservatória. Tenho que pensar noutra alternativa.
Mas em termos de construção frásica, registo de língua, amplitude de vocabulário, acham que é razoável?
Adoa, obrigada pelo voto de confiança. ^^ Ao contrário de vocês não tenho nada publicado. Invejo-vos, mas no bom sentido! =D

"Enquanto caminhava, pensava que talvez fosse boa ideia procurar na internet. Afinal, a internet tinha informação sobre tudo e mais alguma coisa, não perdia nada em ten..."
"Untrapassa" é uma palavra gira! lololol Aconselho-te a guardar as palavras que, por engano ou não, crias e achas interessantes. Podem fazer jeito no futuro.
"A adolecência não é fácil de entender, mas esta minha filha untrapassa todas as marcas!" Soa-me a frase um bocado grande para ser discurso directo. E se fosse um pensamento? Poderias simplificar?
E sim, ela teria primeiro procurado na net e só depois procurado na conservatória... O bom é que notaste! :)
Por um lado acho que o facto de ela procurar na net e esquecer-se de procurar no google ou significa que está a gostar mais do trabalho e que quer informações fidedignas ou então que está tão envolvida que se esqueceu de procurar no google. Faz o que quiseres :b.
Adoa wrote: "Bem bom para primeiras tentativas!
Sim provoca stress, mas compensa muito porque não os deixa esperar para escrever as palavras seguintes.
Costumo fazer estes exercícios sem saber no que pegar mas..."
Não concordo com o facto de dizeres que é uma história de amor ou que é cliché, até porque acaba por ser uma história trágica pois eles separam-se e nunca tiveram uma verdadeira relação. Moravam a mais de 100 kms.
Aquele livro que fala, de comentários que ele faz, acaba por ser verdade, há mesmo um livro assim.
Digo eu, acho que não há histórias muito assim, mas é a minha opinião.
Sim provoca stress, mas compensa muito porque não os deixa esperar para escrever as palavras seguintes.
Costumo fazer estes exercícios sem saber no que pegar mas..."
Não concordo com o facto de dizeres que é uma história de amor ou que é cliché, até porque acaba por ser uma história trágica pois eles separam-se e nunca tiveram uma verdadeira relação. Moravam a mais de 100 kms.
Aquele livro que fala, de comentários que ele faz, acaba por ser verdade, há mesmo um livro assim.
Digo eu, acho que não há histórias muito assim, mas é a minha opinião.

Maria o teu foi profundo, parece que veio da alma! :)
Ai, vou ter de tentar isto do write or die!

Sim provoca stress, mas compensa muito porque não os deixa esperar para escrever as palavras seguintes.
Costumo fazer estes exercícios sem saber no ..."
Querida Maria, não leves a mal, mas eu realmente (como frisei) não gosto desse tipo de história. Ainda menos se trágica. Histórias do tipo Madame Bovary, As palavras que nunca te direi, etc, fazem-me comichão! Não é pessoal, contra ti ou o teu texto.
Sei que existem esse tipo de livros, quando vivi em Espanha e a pessoa que amava vivia em Portugal, também anotava todas as nossas mensagens... lololol
Estás a ver a originalidade?

Su, penso que o teu início de história tem potencial. Deixa-nos a pensar no que virá a seguir. Cheguei mesmo a perguntar-me se o professor teria alguma segunda intenção ao mandar fazer aquele trabalho. Enfim, é um novelo com várias pontas soltas, onde podemos puxar a mais sugestiva.
Maria, a tua história lembra-me passagens de um diário (da personagem). Apesar de não fazer muito o meu género, não deixei de apreciar todos os sentimentos dela, aquela espécie de caos espiritual que paira e que parece ameaçar de alguma forma a sanidade da rapariga. Também seria interessante ver o desenrolar da história.
Adoa wrote: "Maria wrote: "Adoa wrote: "Bem bom para primeiras tentativas!
Sim provoca stress, mas compensa muito porque não os deixa esperar para escrever as palavras seguintes.
Costumo fazer estes exercícios..."
Sim, sim, eu percebo :). Compreendo que haja histórias reais onde as pessoas anotam o que as outras dizem, mas neste específico caso, ela fá-lo para poder escrever sob a conversa o que achou dessa mesma conversa e assim, a pouco e pouco, dar-lhe a entender tudo o que não lhe disse, e tudo o que sentia por ele.
:).
Sim provoca stress, mas compensa muito porque não os deixa esperar para escrever as palavras seguintes.
Costumo fazer estes exercícios..."
Sim, sim, eu percebo :). Compreendo que haja histórias reais onde as pessoas anotam o que as outras dizem, mas neste específico caso, ela fá-lo para poder escrever sob a conversa o que achou dessa mesma conversa e assim, a pouco e pouco, dar-lhe a entender tudo o que não lhe disse, e tudo o que sentia por ele.
:).
Carina wrote: "Faço minhas as palavras da Adoa.
Su, penso que o teu início de história tem potencial. Deixa-nos a pensar no que virá a seguir. Cheguei mesmo a perguntar-me se o professor teria alguma segunda int..."
Como gostarias de ver o desenrolar da história? Obrigado Carina :).
Su, penso que o teu início de história tem potencial. Deixa-nos a pensar no que virá a seguir. Cheguei mesmo a perguntar-me se o professor teria alguma segunda int..."
Como gostarias de ver o desenrolar da história? Obrigado Carina :).

Sim provoca stress, mas compensa muito porque não os deixa esperar para escrever as palavras seguintes.
Costumo fazer est..."
Ai o complicómetro!!!
:D

Gostaria de ver interacções entre os dois, mesmo que fossem interacções passadas. E gostava de ver como ficaria tudo se fosse integrado numa história mais complexa.
Mas claro que é o criador que sabe realmente o que fazer da sua criação :P

Já não me recordava da aplicação e agora que vos vi a disparar textos, apeteceu-me juntar-me à beligerância.
Escrevi o conto nos 10 minutos que me permiti, antes do exercicio da tarde. Toca a criticar meninas, que eu ando com falta de prática!
"Encheu-se de razões para não sair - estava a chover, estava frio lá fora, era sempre violento correr sob um céu negro, se calhar não era mesmo preciso, não estava assim tão mal, talvez no dia seguinte o tempo estivesse mais convidativo e ela ia de certeza acordar mais cedo, vestir o fato de corrida, calçar os ténis e sairia pronta para os 45 minutos que se propusera...
Olhou mais uma vez a rua. O dia escondia-se num entardecer antecipado.
Torceu o nariz ao que lhe ia passando pela cabeça.
Sabia melhor que ninguém que não se levantaria mais cedo no dia seguinte. Provavelmente aquele tempo perpetuar-se-ia por mais uma semana e ouvira essa manhã no noticiário que o frio viera para ficar durante mais duas semanas...
Recordava-se de quando despertava bem cedo, levantava-se de um salto, vestia-se e lançava-se à rua com avidez, como se aquela estrada fosse a sua melhor amiga.
Aqueles minutos que passava só com o seu fôlego e as suas ideias, no ar fresco e oxigenado do despontar do dia, traziam-lhe as melhores ideias de que se conseguia recordar.
Perdera o hábito quando o pai adoecera...
Deixara de se lançar à estrada e as ideias também deixaram de fluir.
Talvez lhe tivesse faltado o oxigénio da madrugada. Talvez tivesse sido a preocupação, o desepero daquelas horas passadas à cabeceira de um moribundo...
Olhava a estrada e o céu negro quase a tocar-lhe...
A rua chamava-a. As ideias queriam fluir.
Os primeiros passos foram os mais difíceis, mas a felicidade da estrada fazia reverberar-lhe os passos, como duas amigas que se reencontram."

Já não me recordava da aplicação e agora que vos vi a disparar textos, apeteceu-me juntar-me à beligerância.
Escrevi..."
Está muito bom, Patrícia!!! Excelente regresso!!
Por acaso também fui eu que mostrei o W or D às ninas daqui. EHehheheh Serei má?
Patricia wrote: "Ok, eu já conhecia o Write or Dye, curiosamente pela Adoa, aquando do NanoWrimo.
Já não me recordava da aplicação e agora que vos vi a disparar textos, apeteceu-me juntar-me à beligerância.
Escrevi..."
A Adoa é muito má, faz-nos ficar sobre pressão :b.
Muito bom Patrícia, tens é que corrigir os erros ortográficos :D.
Já não me recordava da aplicação e agora que vos vi a disparar textos, apeteceu-me juntar-me à beligerância.
Escrevi..."
A Adoa é muito má, faz-nos ficar sobre pressão :b.
Muito bom Patrícia, tens é que corrigir os erros ortográficos :D.

Já não me recordava da aplicação e agora que vos vi a disparar textos, apeteceu-me juntar-me à beli..."
Maria!!!
Beijinhos!
:o)

Estarás a falar da nova ortografia? Segundo o Acordo Ortográfico, poderá ser?
Se for esse o caso, terei de colocar um selo de Anti-Acordo Ortográfico nos meus posts...
Eheheh :p
Na verdade, mesmo os posts de blog ou onde quer que seja, costumo rever os meus textos para detectar erros. Por vezes lá pode escapar um ou outro, mas agora com a nova ortografia proposta pelo AO, eu vou errar muitas e muitas vezes, porque pura e simplesmente me recuso a adoptar a nova ortografia.
Como linguista, acredito sinceramente que uma lingua evolui naturalmente, não precisa de acordos...
Mas isso sou só eu a falar...
Claro que não é segundo o novo acordo ortográfico. Eu odeio-o -.-
Ainda nao adoptei o novo acordo e acho que tão cedo não vou fazê-lo. So talvez quando a minha escola me obrigar a usá-lo
Ainda nao adoptei o novo acordo e acho que tão cedo não vou fazê-lo. So talvez quando a minha escola me obrigar a usá-lo

Ainda nao adoptei o novo acordo e acho que tão cedo não vou fazê-lo. So talvez quando a minha escola me obrigar a usá-lo"
Ah! Então vou mesmo ter de estar mais atenta à minha ortografia!
É bom saber-me acompanhada por gente que ama a nossa lingua!
Digo sempre aos meus filhos que dar erros é o mesmo que desprezar a lingua e a nossa língua é quem nós somos...
Eles reviram os olhos, encolhem os ombros e suspiram alto...
Acho que me estou a assemelhar assustadoramente com a minha mãe... :S

Eu quero mesmo é as tuas críticas e não os teus louvores, pá!
Um até já... vou ver se durmo a ouvir a chuvinha lá fora.
Já estávamos a precisar dela!

Eu quero mesmo é as tuas críticas e não os teus louvores, pá!
Um até já... vou ver se durmo a ouvir a chuvinha lá fora.
Já estávamos a precisar dela!"
Quando escreveres mal, terás a minha crítica!
Beijos!

Eu adorava um dia experimentar e escrever um livro. Afinal não está incluído na lista das coisas essenciais a fazer na vida? Até tenho uma máquina de escrever em casa dos meus pais e às vezes digo para não a deitarem fora pois um dia ainda vai servir para algo.
O problema é o tempo disponível.
Mas de tempos a tempos ou lá tenho umas insónias em que me ponho a pensar em tudo um pouco ou tenho um sonho que me dá prazer "viver" e sinto a necessidade de transcrever isso para o papel.
Deixo aqui mais um guião do que propriamente uma história que gostaria de desenvolver quando tivesse mais tempo:
"A história começa como num sonho, sem introduções nem apresentações. Segue-se logo para a acção. Mas uma acção que não se quer logo à partida ameaçadora. É mais uma acção lenta que serve para ambientar as personagens e os leitores ao espaço que se pretende que... (sombrio, claustrofobico e sem saída)
Num espaço escuro, sem janelas, paredes pintadas de cinza, corredores largos e portas, muitas portas que parecem dar a lado nenhum, encontramos quatro vultos. Deslocam-se para lugar nenhum em especial, apenas porque assim tem de ser. Foram a modos que colocados ali sem explicação ou justificação. Têm a sensação que são uns ratinhos brancos no meio de um labirinto qualquer, onde um qualquer cientista procura descobrir que os ratinhos têm sentido de orientação ou memória do que lhes acontece. Vagueiam de porta em porta, sem entrar, perscrutam as salas a que as portas dão lugar e não vislumbrando saída, fecham-nas e dirigem-se à próxima.
São quatro pessoas que não se conhecem entre si. Dois homens e duas mulheres. Podiam ser mais mas parece que o suposto cientista achou que era um número exemplificativo e comprovativo do que quereria concluir. Ou então, pura e simplesmente é um número que combina bem com a alusão aos quartos e que origina um título engraçado (ndr: “Quatro Quartos” ou “For Four” numa tradução para inglês).
A nossa personagem principal parece ser um jovem, dos seus trinta anos, reservado, com um sentido de humor murdaz e que levas as coisas um pouco como “lá tem de ser” e “não há nada a fazer”, apesar de, dentro de si, como que uma outra personalidade mais objectiva e empreendedora tenta sobressair. Até ao momento sem resultados visíveis."
O que acham?
Acho que sim, daria uma boa história :). Já começaste a escrevê-la? Se sim, podes colocar excertos, ou o início no espaço próprio para tal, no folder textos e criar tu próprio um tópico com o nome da história. :)
"Ali estava eu, a brincar sozinha com os recantos da minha mente imaginando o que estava ele a fazer, se estava a pensar em mim ou se se estava a divertir, esquecendo completamente de quem eu era. Ainda o amava, tal como amava a minha sombra. Ainda o queria, tal como me queria a mim mesma. A nossa amizade fora breve, mas muito intensa, e era isso que eu temia. Fora intensa de mais, e tudo o que sobe, chega a um ponto onde a subida pára, chega ao clímax. Teria a nossa amizade chegado a esse ponto onde nada volta a ser igual? Esperava que não.
Chamava-lhe mr.pedinte ou simplesmente Danny e ele tratava-me por princesa. Nunca lho dissera mas adorava que me tratasse assim. Fazia-me sentir especial, que era só dele. Mas talvez não fosse assim. Para ele deveria ser apenas um nome. Nada mais.
Muitas pessoas me disseram que se alguém é melhor amigo essa amizade nunca acaba. Não concordo com tal, pois a nossa relação fora tão intensa, tão especial que de um momento para o outro acabara. Amávamo-nos tanto que discutíamos por tudo e por nada. Era porque eu só lhe mandara uma mensagem porque não tinha nada para fazer ou porque eu queria saber sempre tudo o que havia por detrás de cada sorriso ou de cada declaração de amizade, ou simplesmente o que ele queria dizer. Ele, independente por natureza odiava a minha natureza curiosa e persistente.
Penso que para as nossas discussões muito valia o facto de não nos vermos há mais de um ano. Sim , verdade. Conheceramo-nos num campeonato Nacional de Xadrez. Uma vez chegara. Tiveramos juntos três dias inteiros, comemos juntos, rimos juntos, dormimos no mesmo sítio. Era uma alegria acordar às 7 da manhã e correr para o quarto dos rapazes falar com eles. O mais curioso é que no fim-de-semana não nos tornámos assim tão próximos. Foi após isso. Após a partida começámos instantaneamente às mensagens. E daí até hoje nunca mais parámos. Todos os dias, a toda a hora. A simplicidade dele fascinara-me, a sua humildade e a sua irreverência.
Um dia dissera- me que queria fugir comigo, ir para a natureza, ser hippie comigo, dar-mos a volta ao mundo.
O que me fizera achá-lo tão perfeito? Não sei, mas ainda hoje acho. Infelizmente afastámo-nos mas todos os dias sinto a ânsia de lhe falar, nem que seja por um segundo. Nunca mais nos vimos pessoalmente, mas como costumam dizer "Quem te conhece por escrito, apaixona-se pela alma", isso aconteceu connosco. Apaixonei-me por ele, mas ele, irreverente ocmo é, dissera-me que também gostava de mim, mas depois já não gostava...
Não sei, somos pessoas complicadas. Um dia, dissera-me que após um combate de karaté onde desmaiara a última coisa que vira foi a minha cara. O que quererá isso dizer? Actualmente escrevo um livro com tudo o que me disse, com o dia e a hora e aonde digo o que achei do que me disse, se gostei, se não, o que aquilo me faz lembrar.
E espero que o livro, ele psosa saber o que realmente senti por ele, e o que ainda sinto."