Maria do Rosário Pedreira
Born
Lisboa, Portugal
Website
Genre
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O Meu Corpo Humano
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Poesia Reunida
—
published
2012
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Adeus, Futuro
2 editions
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published
2021
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O Canto do Vento nos Ciprestes
3 editions
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published
2001
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A Casa e o Cheiro dos Livros
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published
1996
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Portuguesas Extraordinárias: Mulheres de coragem à frente do seu tempo
by |
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Y amores imperfectos
by |
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Nenhum nome depois
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published
2004
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Dá Conta do Recado (Detective Maravilhas, #1)
—
published
1997
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Alguns Homens, Duas Mulheres e Eu
3 editions
—
published
1993
—
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“Menos mal
que no morí de los momentos en que
quise morir; que no salté del puente,
ni cubrí las muñecas de sangre, ni
me acosté en los rieles, allá lejos. Menos mal
que no até la cuerda a la viga del techo, ni
compré en la farmacia, con una receta falsa,
una dosis de sueño eterno. Menos mal
que tuve miedo: de los cuchillos, de las alturas, pero
sobre todo de no morir completamente
y quedarme por ahí —aún más perdida que
antes— escrutando sin ver.
Menos mal que el techo fue siempre demasiado alto y yo ridículamente pequeña para la muerte.
Si yo hubiera muerto de uno de esos momentos,
no oiría ahora tu voz, que me llama
mientras escribo este poema, que acaso
no parece, pero es, un poema de amor.”
― Y amores imperfectos
que no morí de los momentos en que
quise morir; que no salté del puente,
ni cubrí las muñecas de sangre, ni
me acosté en los rieles, allá lejos. Menos mal
que no até la cuerda a la viga del techo, ni
compré en la farmacia, con una receta falsa,
una dosis de sueño eterno. Menos mal
que tuve miedo: de los cuchillos, de las alturas, pero
sobre todo de no morir completamente
y quedarme por ahí —aún más perdida que
antes— escrutando sin ver.
Menos mal que el techo fue siempre demasiado alto y yo ridículamente pequeña para la muerte.
Si yo hubiera muerto de uno de esos momentos,
no oiría ahora tu voz, que me llama
mientras escribo este poema, que acaso
no parece, pero es, un poema de amor.”
― Y amores imperfectos
“Dorme, meu amor, que o mundo já viu morrer mais
este dia e eu estou aqui, de guarda aos pesadelos.
Fecha os olhos agora e sossega - o pior já passou
há muito tempo; e o vento amaciou; e a minha mão
desvia os passos do medo. Dorme, meu amor --
a morte está deitada sob o lençol da terra onde nasceste
e pode levantar-se como um pássaro assim que
adormeceres. Mas nada temas: as suas asas de sombra
não hão-de derrubar-te -- eu já morri muitas vezes
e é ainda da vida que tenho mais medo. Fecha os olhos
agora e sossega -- a porta está trancada; e os fantasmas
da casa que o jardim devorou andam perdidos
nas brumas que lancei ao caminho. Por isso, dorme,
meu amor, larga a tristeza à porta do meu corpo e
nada temas: eu já ouvi o silêncio, já vi a escuridão, já
olhei a morte debruçada nos espelhos e estou aqui,
de guarda aos pesadelos - é noite é um poema
que conheço de cor e vou cantar-to até adormeceres.”
― O Canto do Vento nos Ciprestes
este dia e eu estou aqui, de guarda aos pesadelos.
Fecha os olhos agora e sossega - o pior já passou
há muito tempo; e o vento amaciou; e a minha mão
desvia os passos do medo. Dorme, meu amor --
a morte está deitada sob o lençol da terra onde nasceste
e pode levantar-se como um pássaro assim que
adormeceres. Mas nada temas: as suas asas de sombra
não hão-de derrubar-te -- eu já morri muitas vezes
e é ainda da vida que tenho mais medo. Fecha os olhos
agora e sossega -- a porta está trancada; e os fantasmas
da casa que o jardim devorou andam perdidos
nas brumas que lancei ao caminho. Por isso, dorme,
meu amor, larga a tristeza à porta do meu corpo e
nada temas: eu já ouvi o silêncio, já vi a escuridão, já
olhei a morte debruçada nos espelhos e estou aqui,
de guarda aos pesadelos - é noite é um poema
que conheço de cor e vou cantar-to até adormeceres.”
― O Canto do Vento nos Ciprestes
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