
“Tenho tantas saudades tuas
Sinto falta do que partilhávamos
É como se duas árvores nuas
De costas voltadas em diferentes ruas
Ficassem mudas durante um longo inverno
Quero estar contigo, quero abraçar-te
Quero tanto sentir os teus lábios e beijar-te
Alimentar a nossa intimidade, quero tocar-te
Sentir o teu corpo junto ao meu e amar-te”
―
Sinto falta do que partilhávamos
É como se duas árvores nuas
De costas voltadas em diferentes ruas
Ficassem mudas durante um longo inverno
Quero estar contigo, quero abraçar-te
Quero tanto sentir os teus lábios e beijar-te
Alimentar a nossa intimidade, quero tocar-te
Sentir o teu corpo junto ao meu e amar-te”
―
“Porque sorrio?
Sorrio porque sou feliz.
Porque sou sortudo e sei o que é o amor.
Sorrio quando estou em comunhão
com o meu corpo
e com a minha intuição.
Nem sempre acontece —
para ser sincero, muito raramente —
mas quando acontece
sei qual é o caminho certo.
É nisto que trabalho:
conhecer-me melhor
e não me criticar constantemente,
não me ferir (ahimsā).
Procuro ser verdadeiro comigo
e com os outros (satya).
Cultivo a disciplina (brahmacharya)
e aprendo a desapegar-me,
a não ter grandes expectativas dos outros (aparigraha).
Liberto os pensamentos negativos
and tento manter a mente pura (śauca),
mas, confesso, é difícil.
A raiva…
ainda se sente bem-vinda,
como uma velha amiga
que aparece de quando em vez.
E então lembro-me:
aceita o que não controlas (santosha).
Só assim chega a calma.
Só assim vem a paz.
Penso demais.
Sou um overthinker mesmo.
Reflito, revejo, revivo.
Vou para a frente e para trás.
E isso cansa.
Deixa-me exausto.
Foco-me então
em identificar as raízes dos meus erros
e os padrões que me impedem de progredir.
Felizmente, há uma força interna
que me mantém no caminho,
que me ajuda a saltar os muros (tapas).
Ultimamente, deveria render-me
à energia do universo (Īśvara Praṇidhāna),
mas tenho medo que me engane.
Custa-me a crer
que o universo se importe comigo.
Com qualquer um de nós, na verdade.
O universo tem 13,8 mil milhões de anos
e a Terra 4,54 mil milhões…
E nós, os seres divinos?
Menos de 300 mil anos.
Cerca de meio segundo
numa peça de duas horas.
Talvez não esteja preparado
para compreender este ensinamento.
Ainda não vi o amanhecer, apesar de sorrir.
Tenho tanto para aprender, tanto sítio para ir.
Talvez tenha de morrer para voltar a florir.
Espero ter tempo para isso tudo antes de partir.”
―
Sorrio porque sou feliz.
Porque sou sortudo e sei o que é o amor.
Sorrio quando estou em comunhão
com o meu corpo
e com a minha intuição.
Nem sempre acontece —
para ser sincero, muito raramente —
mas quando acontece
sei qual é o caminho certo.
É nisto que trabalho:
conhecer-me melhor
e não me criticar constantemente,
não me ferir (ahimsā).
Procuro ser verdadeiro comigo
e com os outros (satya).
Cultivo a disciplina (brahmacharya)
e aprendo a desapegar-me,
a não ter grandes expectativas dos outros (aparigraha).
Liberto os pensamentos negativos
and tento manter a mente pura (śauca),
mas, confesso, é difícil.
A raiva…
ainda se sente bem-vinda,
como uma velha amiga
que aparece de quando em vez.
E então lembro-me:
aceita o que não controlas (santosha).
Só assim chega a calma.
Só assim vem a paz.
Penso demais.
Sou um overthinker mesmo.
Reflito, revejo, revivo.
Vou para a frente e para trás.
E isso cansa.
Deixa-me exausto.
Foco-me então
em identificar as raízes dos meus erros
e os padrões que me impedem de progredir.
Felizmente, há uma força interna
que me mantém no caminho,
que me ajuda a saltar os muros (tapas).
Ultimamente, deveria render-me
à energia do universo (Īśvara Praṇidhāna),
mas tenho medo que me engane.
Custa-me a crer
que o universo se importe comigo.
Com qualquer um de nós, na verdade.
O universo tem 13,8 mil milhões de anos
e a Terra 4,54 mil milhões…
E nós, os seres divinos?
Menos de 300 mil anos.
Cerca de meio segundo
numa peça de duas horas.
Talvez não esteja preparado
para compreender este ensinamento.
Ainda não vi o amanhecer, apesar de sorrir.
Tenho tanto para aprender, tanto sítio para ir.
Talvez tenha de morrer para voltar a florir.
Espero ter tempo para isso tudo antes de partir.”
―
“Reflexões sobre o amor (Reflections on love)
O amor é uma escolha. Uma escolha de partilhar a vida com aquela pessoa. Não são as borboletas no estômago quando estamos juntos. Não é a atração dos nossos corpos, dos nossos átomos. Não é a calma quando está tudo bem e contemplamos o universo agarrados. Nem tão pouco é a dor e o sofrimento quando não nos entendemos. São as pequenas partilhas do dia a dia. É o querer saber se está tudo bem. É o saber que aquela pessoa está lá para ti, independentemente do que acontecer. Que te vai escolher em todas as situações. É chegar a um compromisso que funcione para os dois. Quando o teu mundo desaba é que se percebe se é amor. Alguém que te ama não te abandona, aparece quando mais precisas. Quando o mundo é sombrio e te sentes sozinho, essa pessoa está lá. Amor é uma escolha constante, aceito-te como és. És a pessoa que eu quero, apesar de todos os teus defeitos e problemas.
É difícil fazer essa escolha quando temos medos, barreiras emocionais, e não estamos confortáveis com a nossa sombra, o nosso passado, os nossos pensamentos mais sujos. Só depois de nos deixarmos entrar no buraco negro da alma e começarmos a acordar aos poucos para os nossos traumas é que podemos encontrar a pessoa com quem queremos partilhar a nossa vida. Porque sabemos que não somos perfeitos mas sabemos quais são os nossos medos e não vamos deixar que eles controlem a nossa vida.
É nisto que trabalho. Não me deixo distrair do que sinto, não me escondo. Deixo que os sentimentos passem por mim e olho de frente para eles. Quando dominar os meus demónios mas profundos vou finalmente saber quem sou. Quando ultrapassar amores passados e aceitar que posso passar o resto da vida sozinho, vou encontrar essa pessoa, esse amor. Porque não quero alguém que seja "good enough". Não quero alguém que eu não ame simplesmente para ter uma família ou sentir-me validado. Quero que os meus filhos nasçam por amor. Eles merecem isso. Não que sejam fruto de um egoísmo individual para não me sentir sozinho.
Quando verdadeiramente aceitar isto tudo, acho que estarei preparado para encontrar a pessoa imperfeita. Sim, a pessoa imperfeita, a pessoa errada. A pessoa com problemas, mas problemas que eu quero que também sejam os meus. A pessoa errada que escolho. A pessoa errada que amo.”
―
O amor é uma escolha. Uma escolha de partilhar a vida com aquela pessoa. Não são as borboletas no estômago quando estamos juntos. Não é a atração dos nossos corpos, dos nossos átomos. Não é a calma quando está tudo bem e contemplamos o universo agarrados. Nem tão pouco é a dor e o sofrimento quando não nos entendemos. São as pequenas partilhas do dia a dia. É o querer saber se está tudo bem. É o saber que aquela pessoa está lá para ti, independentemente do que acontecer. Que te vai escolher em todas as situações. É chegar a um compromisso que funcione para os dois. Quando o teu mundo desaba é que se percebe se é amor. Alguém que te ama não te abandona, aparece quando mais precisas. Quando o mundo é sombrio e te sentes sozinho, essa pessoa está lá. Amor é uma escolha constante, aceito-te como és. És a pessoa que eu quero, apesar de todos os teus defeitos e problemas.
É difícil fazer essa escolha quando temos medos, barreiras emocionais, e não estamos confortáveis com a nossa sombra, o nosso passado, os nossos pensamentos mais sujos. Só depois de nos deixarmos entrar no buraco negro da alma e começarmos a acordar aos poucos para os nossos traumas é que podemos encontrar a pessoa com quem queremos partilhar a nossa vida. Porque sabemos que não somos perfeitos mas sabemos quais são os nossos medos e não vamos deixar que eles controlem a nossa vida.
É nisto que trabalho. Não me deixo distrair do que sinto, não me escondo. Deixo que os sentimentos passem por mim e olho de frente para eles. Quando dominar os meus demónios mas profundos vou finalmente saber quem sou. Quando ultrapassar amores passados e aceitar que posso passar o resto da vida sozinho, vou encontrar essa pessoa, esse amor. Porque não quero alguém que seja "good enough". Não quero alguém que eu não ame simplesmente para ter uma família ou sentir-me validado. Quero que os meus filhos nasçam por amor. Eles merecem isso. Não que sejam fruto de um egoísmo individual para não me sentir sozinho.
Quando verdadeiramente aceitar isto tudo, acho que estarei preparado para encontrar a pessoa imperfeita. Sim, a pessoa imperfeita, a pessoa errada. A pessoa com problemas, mas problemas que eu quero que também sejam os meus. A pessoa errada que escolho. A pessoa errada que amo.”
―
“Trial by Fire
Loneliness is a cold flame
that flays the soul.
When you pass through the fire
you know things then
no mortal man should know.
You're Lazarus come from the dead
living among men with
your death still on you,
knowing too much to ever have a friend,
a broken building with lights left on
sagged against the sky, mortally wounded.
You'd thought that by enduring
You'd come to peace and reconciliation,
warm hands.
You come instead to a place
where no one's been
and stand in the starless night
hands to your face
and no strength left,
lost from man and unknown to God
and no way back.
It's then you know
you must make a place for yourself
of dry bones and anguish,
wring light from the substance of your will
and hope from the bone-dry earth.
It's then you know
that the only chance you stand
is to forge a star
out of your living breath.”
― The cosmology of madness
Loneliness is a cold flame
that flays the soul.
When you pass through the fire
you know things then
no mortal man should know.
You're Lazarus come from the dead
living among men with
your death still on you,
knowing too much to ever have a friend,
a broken building with lights left on
sagged against the sky, mortally wounded.
You'd thought that by enduring
You'd come to peace and reconciliation,
warm hands.
You come instead to a place
where no one's been
and stand in the starless night
hands to your face
and no strength left,
lost from man and unknown to God
and no way back.
It's then you know
you must make a place for yourself
of dry bones and anguish,
wring light from the substance of your will
and hope from the bone-dry earth.
It's then you know
that the only chance you stand
is to forge a star
out of your living breath.”
― The cosmology of madness
“Is this a memory or a dream?
The wind touches my face, softly, as the sun warms my heart, gently.
A cold sea breeze aroma wraps me, intensely, while a lover's head falls upon my shoulder, slowly.
We gaze at the sky, waiting for the moon to arrive, silently.
In this moment, time stands still. Every worry fades away, as we simply exist,
bound by an implicit vow to always be there for each other.”
―
The wind touches my face, softly, as the sun warms my heart, gently.
A cold sea breeze aroma wraps me, intensely, while a lover's head falls upon my shoulder, slowly.
We gaze at the sky, waiting for the moon to arrive, silently.
In this moment, time stands still. Every worry fades away, as we simply exist,
bound by an implicit vow to always be there for each other.”
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Miguel’s 2024 Year in Books
Take a look at Miguel’s Year in Books, including some fun facts about their reading.
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